
A fertilidade do solo e a produtividade da lavoura
POR MEIO DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÕES DE QUALIDADE, VOCÊ PODERÁ INVESTIR NA FERTILIDADE DO SOLO E CONQUISTAR PRODUTIVIDADE PARA SUA LAVOURA
A produtividade é um ponto-chave para todo agricultor, aumentar os números da colheita sem expandir a área cultivada garante rentabilidade e uma safra de respeito. Mas para vencer esse desafio, o produtor rural precisa se atentar a muitos detalhes, como correção do solo, tratamento de sementes, mapa de plantio, nutrição foliar, monitoramento da saúde das plantas, colheita mecanizada, escolha de fertilizantes, adjuvantes e defensivos de qualidade, entre muitos outros fatores.
Para a melhoria da performance da lavoura, é preciso estudar bem tudo o que será realizado, pois uma ação impacta a outra, por exemplo, se investir no tratamento de sementes, mas não usar os defensivos corretos, você poderá perder todo o investimento, por isso, algumas prioridades precisam ser traçadas, pois alguns pontos são inegociáveis quando se fala em manejo assertivo e um deles é o tratamento do solo.
A fertilidade do solo
A produtividade está profundamente ligada à capacidade da terra de fornecer nutrientes para as plantas, por isso, o manejo do solo e o controle da sua fertilidade são imprescindíveis para a performance econômica da lavoura.
Mas antes de qualquer ação, é preciso conhecer o solo no qual será realizado o cultivo, por isso, uma análise rigorosa dos aspectos químicos, físicos e biológicos é importante, pois com as informações certas, você saberá em quais fertilizantes investir e quais práticas de manejo realizar.
O ideal é contratar uma empresa confiável, competente e especializada em análises agrárias, pois quanto melhor for a qualidade dos dados a serem analisados, mais assertivas serão as decisões, resultando em rentabilidade e produtividade.
Quando o assunto é nutrição de plantas, precisamos nos atentar a 15 elementos químicos que são fundamentais no desenvolvimento da cultura. São eles:
Nitrogênio (N)
Fósforo (P)
Potássio (K)
Cálcio (Ca)
Magnésio (Mg)
Enxofre (S)
Zinco (Zn)
Ferro (Fe)
Manganês (Mn)
Boro (B)
Cloro (Cl)
Cobre (Cu)
Molibdênio (Mo)
Níquel (Ni)
Cobalto (Co)
E para aprofundar nesse assunto, iremos detalhar o impacto desses nutrientes na produtividade da sua fazenda, para que você fique por dentro de cada detalhe de um bom solo para se cultivar.
Importância do nitrogênio
O nitrogênio pertence, junto do fósforo e do potássio, ao grupo dos macronutrientes primários. Ele está presente nos processos de composição de aminoácidos, proteínas e enzimas das plantas, sendo captado por elas principalmente através do solo.
Sua deficiência prejudica a formação da clorofila e, consequentemente, a performance da fotossíntese, causando amarelamento das folhas e diminuição do crescimento.
A principal fonte desse elemento costuma ser a matéria orgânica, porém, através dela, o nutriente é fornecido de uma maneira muito branda e, às vezes, ineficiente. A ureia é uma das fontes mais comuns no imaginário do agricultor, com ela, a absorção é mais rápida e satisfatória, o que faz com que seja umas das substâncias mais usadas no manejo.
Sabemos que a quantidade de nitrogênio presente na terra costuma não ser suficiente quando se fala em alta produtividade, assim, o uso de adubos e fertilizantes nitrogenados no solo é algo indispensável para uma boa safra e quanto melhor for a qualidade deles, melhores os resultados.
Importância do fósforo
O fósforo é um dos macronutrientes primários, muito atuante na fotossíntese e nos processos celulares das plantas. A deficiência dele acarreta baixa produtividade, por isso, é preciso sempre monitorar os níveis de fósforo do solo e fazer a correção.
Ele é absorvido de maneira inorgânica pelas plantas, pois a forma orgânica não oferece o nutriente pronto para a absorção. Os solos mais comuns no Brasil costumam ser naturalmente deficientes desse elemento químico, portanto, quase sempre é necessário dar uma atenção especial a ele.
Os sintomas mais comuns da ausência do fósforo são o amarelamento da planta e o aparecimento de necroses nas folhas, o que compromete muito o desenvolvimento da planta.
Importância do potássio
O potássio é um elemento multifuncional no funcionamento orgânico das plantas, ele participa da fotossíntese, da síntese proteica, da ativação enzimática e ajuda na absorção de água, além de inúmeras outras funções.
Os bons níveis de potássio garantem a produtividade, pois ele ajuda no crescimento e aumenta a resistência da plantação a pragas e doenças. Os principais sintomas de sua deficiência são a necrose na borda das folhas e o curvamento da planta nos casos mais graves, quando a necrose atinge a nervura.
Os impactos dos baixos níveis do potássio são o atraso da floração, a redução do crescimento dos frutos e o preenchimento de grão abaixo do esperado. Assim, toda deficiência de potássio tem de ser corrigida.
Cálcio, magnésio e enxofre
O trio, conhecido como macronutrientes secundários, é composto por cálcio, magnésio e enxofre e, mesmo que sejam chamados de “secundários”, eles não são menos importantes quando o assunto é produtividade.
No solo, o cálcio funciona como regulador de acidez e controlador de toxicidade. Na planta, ele é um dos componentes da parede celular, ajudando a dar resistência aos tecidos vegetais. Na soja, sua deficiência pode ser identificada pela curvatura das vagens e no milho, pelo enrolamento das folhas.
O magnésio é o átomo central da molécula de clorofila, daí já entendemos um pouco da sua importância na saúde da lavoura. A fotossíntese é dependente desse elemento químico, pois ele melhora a absorção de luz, proporcionando mais energia para as reações químicas internas. Além disso, ele ajuda na absorção de fósforo e fixação de gás carbônico. Sua deficiência reduz o crescimento, inibe a floração e causa necrose e morte das folhas.
O enxofre garante o controle hormonal para o desenvolvimento e para o enchimento de grãos, auxilia na saúde das plantas, deixando-as mais fortes contra pragas e doenças. Sua deficiência causa redução do crescimento e do florescimento, além de clorose, situação em que as folhas não produzem clorofila suficiente.
Micronutrientes essenciais
Depois de falarmos sobre os macronutrientes primários e secundários, chegamos aos micronutrientes essenciais, família composta por 9 elementos, sendo eles: zinco (Zn), ferro (Fe), manganês (Mn), boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e cobalto (Co).
Zinco, ferro e manganês
O zinco participa de diversos processos metabólicos da planta, a deficiência dele gera decréscimos de produtividade e o milho é a cultura mais atingida por sua falta. Os principais sintomas da falta dele são as folhas menores e as necroses nas folhagens jovens.
Quando há ausência de ferro no solo, a planta sofre com queda de folhas e necrose, chegando a ficar completamente desfolhada em casos mais graves, esse micronutriente participa da biossíntese da clorofila, da ativação de enzimas e ajuda na fixação de nitrogênio em culturas como a soja.
As funções do manganês são similares às do ferro, tanto que as deficiências causam sintomas parecidos, o que pode levar à confusão de diagnóstico. O que pode causar problemas com esse nutriente é o excesso de calagem do solo, pois o pH alto faz com que ele se torne insolúvel.
Boro, cloro e cobre
O boro se apresenta como outro elemento imprescindível para os bons resultados da lavoura, importante em diversos processos enzimáticos, no metabolismo e na translocação de carboidratos da planta, ele é fundamental na formação dos grãos e da membrana vegetal. Sua deficiência causa diminuição de crescimento, principalmente nas raízes.
A carência de cloro pode causar necrose generalizada e crescimento reduzido, porém, é mais comum problemas com o excesso de cloro do que pela falta dele. A toxidez dele pode ser diagnosticada pelo aspecto queimado das margens das folhas.
O cobre auxilia na resistência das plantas a pragas e doenças, ele participa de diversos processos da planta como fixação de nitrogênio, ativador de enzimas e ajuda a regular a transpiração da planta. Os sintomas da sua ausência são folhas jovens murchas, enroladas e quebradiças, além de deficiência na floração.
Molibdênio, níquel e cobalto
Solos muito ácidos costumam causar a insuficiência do molibdênio. Os sintomas de sua ausência são os mesmos da falta de nitrogênio, pois a principal função dele na planta é atuar na fixação e no metabolismo desse macronutriente.
Já ouviu falar em fome oculta? É quando a falta de um nutriente não causa sintomas na planta, porém diminui silenciosamente a sua produtividade, na insuficiência de níquel, é exatamente isso que acontece. Ele atua auxiliando os processos de fixação biológica do nitrogênio e uma das culturas mais impactadas pelo níquel é a soja.
O cobalto atua também na fixação biológica do nitrogênio, mas os problemas mais recorrentes costumam ser pelo seu excesso, que diminui a absorção do ferro, por isso, os sintomas de sua toxicidade são os mesmos da insuficiência de ferro.
Quais são os próximos passos?
Agora, sabendo de tudo isso, você poderá procurar uma empresa de análise de solo e, após os estudos serem feitos, buscar parceiros que lhe ofereçam nutrição de qualidade para a sua lavoura. Sabendo bem a realidade do seu solo, você fará investimentos de maneira assertiva e com muito mais rentabilidade.
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