O ciclo do milho e a rentabilidade da lavoura
14/04/2022 09:04:00
Saiba quais são as melhores práticas de manejo para cada etapa do ciclo do milho

Para facilitar a escolha das melhores prática de manejo na lavoura de milho, é importante mapear o ciclo do grão, criando um planejamento estratégico para definir o investimento adequado para cada uma das etapas.
O objetivo é conquistar níveis cada vez maiores de segurança, produtividade e rentabilidade para que a safra seja próspera e livre de pragas. Para nos ajudar, podemos dividir as fases fenológicas do milho da seguinte forma:
- Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
- Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos.
- Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
Duração do ciclo do milho híbrido
A duração do ciclo do milho depende muito do tipo de semente que foi utilizada no plantio. Cerca de 90% das sementes comercializadas hoje no Brasil são de milhos híbridos, variedades obtidas pelo cruzamento de linhagens puras, gerando plantas com produtividade superior.
Nesse cenário, há três tipos básicos de híbridos e cada um deles proporciona uma duração de ciclo diferente, confira a lista:
- Semente de milho superprecoce: de 110 a 120 dias.
- Semente de milho semiprecoce ou normal: de 120 a 145 dias.
- Semente de milho tardio: mais de 145 dias.
Como escolher o tipo de híbrido
Quando desejamos um plantio para uma safra normal, podemos usar o milho tardio ou até mesmo o milho semiprecoce ou normal, mas quando o objetivo é a safrinha, o milho superprecoce se torna mais atrativo.
Mas temos de nos atentar à qualidade desses híbridos, precisamos comprá-los de fontes confiáveis com garantia do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e credenciadas no RESASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas).
Tipos de milho
O milho é uma cultura mais diversa, pois os grãos não são todos iguais, há variedades diferentes, e a escolha delas varia de acordo com os seus parceiros comerciais. Para clarear melhor esse assunto, listaremos os diferentes tipos de milho e suas aplicações no mercado:
- Dentado (nutrição animal).
- Duro (indústria de alimentos, mais resistente para ser estocado).
- Farináceo (indústria de alimentos).
- Pipoca (indústria de alimentos).
- Doce ou milho-verde (venda direta ao consumidor doméstico).
Germinação e emergência
A germinação é uma fase muito importante, pois o bom desenvolvimento dessa fase ajuda na eficiência das etapas posteriores da cultura. Nesse momento, temos que dar atenção a duas práticas de manejo que influenciam consideravelmente no crescimento da planta, são elas:
O manejo da fertilidade do solo é muito importante para extrair todo o potencial de rentabilidade nos investimentos com sementes e tratamento de sementes na etapa de germinação e emergência. Pois o déficit de algum nutriente-chave na terra compromete o desenvolvimento das plantas.
O primeiro passo para uma correção nutricional assertiva do solo é conhecer a realidade da sua terra, pois ao entender as deficiências nutricionais, você poderá escolher os fertilizantes adequados para que o cultivo do milho atinja a produtividade esperada.
Para isso, escolha um laboratório confiável para realizar as análises do solo, pois quanto melhor forem os dados e as informações, mais eficientes serão as práticas de correção nutricional a serem adotadas.
O tratamento de sementes é um assunto amplo, são muitas perspectivas para melhorar o desempenho das sementes estrategicamente adquiridas. O importante é entender como alguns detalhes dessa prática de manejo melhoram significativamente a performance da germinação e da emergência.
Para exemplificar essas possibilidades, listamos algumas ações que costumam trazer resultados positivos na lavoura de milho:
- Uso de defensivos agrícolas.
- Enriquecimento nutricional.
- Reguladores de crescimento.
O uso de defensivos agrícolas traz maior segurança para o início da plantação de milho, pois as pragas são combatidas desde o começo. Além disso, há alguns nutrientes que são importantes na germinação inicial e a presença deles ajuda no desenvolvimento das plantas.
Os reguladores de crescimento do milho possibilitam o nascimento de plantas menores e folhas mais eretas e rígidas, o que, em alguns genótipos, proporciona ganho de produtividade e maior rendimento de grãos.
Manejo de pragas do milho
Cada etapa do ciclo do milho demanda um desafio diferente. Mapeando as ameaças, você poderá se antecipar para combatê-las e proteger sua produtividade. Veja as principais pragas para cada uma das etapas:
Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
- Corós (Diloboderus abderus, Phyllophaga triticophaga, Cyclocephala spp.).
- Larva-arame (Conoderus spp, Agriotes spp, Melanotus spp.).
- Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
- Percevejos.
Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
- Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
- Percevejos.
- Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus).
- Lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax).
- Lagarta-alfinete (Diabrotica speciosa).
- Lagarta–do-cartucho (Spodoptera fugiperda).
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos e Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
- Lagarta–do-cartucho (Spodoptera fugiperda).
- Lagarta–da-espiga (Helicoverpa zea).
- Broca–de-cana (Diatraea saccharalis).
- Broca europeia do milho (Ostrinia nubilalis).
Fazer análises das pragas presentes na lavoura é uma prática-chave para que o agricultor resolva os problemas de uma maneira assertiva e eficiente. O importante é monitorar atenciosamente cada fase, pois um descuido pode causar perda de rentabilidade.
Nutrição foliar do milho
A nutrição foliar é imprescindível para bons resultados na safra, e cada etapa do milho precisa de um cuidado especial em um nutriente específico. Detalharemos em cada uma das etapas os pontos mais relevantes.
Etapa vegetativa 1: germinação e emergência.
A baixa disposição de nitrogênio causa a queda acentuada da produção, comprometendo o crescimento vegetal, diminuindo a expansão e a divisão celular, dificultando a formação da área foliar. Por isso, a adubação nitrogenada é muito recomendada nesse período.
Etapa vegetativa 2: emergência e pendoamento.
Essa é uma etapa em que a planta começa a ter um gasto nutricional mais completo, por isso, devemos nos atentar tanto aos macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) quanto aos micronutrientes (zinco, molibdênio, cobre, manganês e boro).
- Etapa reprodutiva 1: florescimento e enchimento de grãos.
A fase de enchimento de grãos é crucial para garantir a produtividade das culturas. O grão, que é o produto final da venda, está se formando e, nutricionalmente, precisamos estar a todo o vapor, por isso, é importante cuidar bem dos níveis de nitrogênio, fósforo e potássio.
Etapa reprodutiva 2: maturidade fisiológica.
Na maturidade fisiológica há outros pontos de atenção a serem observados, e a boa nutrição tem que ter sido realizada até essa fase. Alguns cuidados devem ser tomados, como:
- Proteção contra o estresse biótico ou abiótico que pode atrapalhar a fase final.
- Observar o acamamento das plantas afetadas por doenças.
- Atentar-se a pragas como a broca-europeia, que podem causar a queda de espiga.
Como realizar a nutrição foliar
Para que a nutrição foliar seja eficiente, você precisa adotar tais práticas de manejo:
1- Análise foliar.
2- Invista em fertilizantes de qualidade.
3- Aplicação correta.
Análise foliar
Você precisa conhecer a realidade da sua plantação de milho para tomar as decisões corretas e aplicar os nutrientes que realmente estão faltando. Colete folhas de diferentes partes da lavoura e mande para um laboratório confiável.
Sabendo das deficiências ou excessos de nutrientes, você irá escolher os fertilizantes adequados e poderá definir as dosagens corretas de maneira lúcida e bem pensada.
Invista em fertilizantes de qualidade
Quanto melhor for a qualidade dos fertilizantes para a nutrição foliar, melhores serão os resultados finais da sua lavoura. A Agrichem desenvolve soluções focadas na produtividade do agricultor, sempre renovando e desenvolvendo seu portfólio de produtos.
Contamos com uma equipe de especialistas, capacitados para estar ao lado do produtor rural, conversando, entendendo e oferecendo nutrição agrícola de última geração.
Aplicação correta
Para garantir a eficiência do fertilizante foliar, você precisa se atentar à aplicação dele. O uso de adjuvantes e espalhantes, ajuste do pH da solução e cuidado com a mecânica de aplicação fazem toda a diferença na sua colheita.
Manejo integrado de pragas
O MIP (Manejo Integrado de Pragas) aumenta a rentabilidade, pois aplica uma série de práticas para proteger a lavoura de uma maneira eficiente, fazendo com que ela se torne mais segura. O MIP tem como objetivos:
- Menor aplicação de inseticidas.
- Diminuição dos custos no controle de pragas.
- Aumento da produtividade.
Para conquistar isso, diversas práticas agrícolas são integradas de uma forma inteligente. Ações como:
- Uso consciente de produtos químicos.
- Respeito a agentes biológicos.
- Gerenciamento inteligente de plantas resistentes a pragas.
- Manejo com rotações estratégicas de cultura.
- Uso de feromônios e plantas iscas.
Produtividade do milho brasileiro
O Brasil tem uma ótima produção de milho, mas no quesito produtividade ficamos muito atrás dos Estados Unidos, os maiores produtores do mundo. A produtividade norte-americana ultrapassa 10.000 kg/ha, e a brasileira fica em torno de 4.366 kg/ha (safra 2020/2021).
E por que nossa produtividade é tão baixa? Podemos apontar diversos fatores, como melhor qualidade do clima e do solo, uso mais intenso de melhoramento genético nos grãos e adoção de práticas de manejo mais eficientes e atualizadas.
Por isso, nós acreditamos que o agricultor brasileiro pode dar um passo de produtividade no cultivo do milho. A Agrichem quer estar ao lado do produtor rural nesse desafio oferecendo tecnologia e inovação. Acompanhe nosso Blog e fique por dentro de todas as nossas novidades.
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